O QUE HÁ DE NOVO NO MERCADO

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Mais de 20 anos de pesquisa da Embrapa resultaram em surpreendentes conquistas para o maracujá, ou a fruta da paixão, como é conhecido no exterior. Agora, como resultado, a Embrapa lança três híbridos no mercado: BRS Gigante Amarelo, BRS Rubi do Cerrado e BRS Sol do Cerrado.

É fato a expansão do mercado de maracujás e o IBGE indica aumento do consumo per capta dos brasileiros. A utilização tanto para suco e cosméticos, quanto os frutos são in natura são mercados promissores nacional e internacionalmente.

Nesse sentido, o pesquisador da Embrapa, Dr. Fábio Faleiro, responsável pelos estudos com maracujás, apresenta a situação dos produtores com uma latente necessidade de melhoramento genético. “Os produtores de maracujás demandam tecnologias para melhorar a lucratividade e a sustentabilidade dos seus sistemas de produção. Os custos de produção com o preparo do solo, espaldeiramento, irrigação, podas, polinização manual, adubações, controle fitossanitário, etc. são altos e, por isso, é importante o uso de cultivares que respondam a esses vários tratos culturais com alta produtividade, permitindo a lucratividade aos produtores”.

O diretor da Agrocinco, responsável pela comercialização das sementes dos novos híbridos de maracujás, o engenheiro agrônomo Flávio Pagnan, afirma que os produtores vão se surpreender com o novo material genético. “O mercado nunca viu essa combinação de qualidade do fruto, produtividade e tolerâncias, aliás, as tolerâncias contra bacterioses, antracnose, virose e verrugose, como o BRS Rubi do Cerrado nenhum outro híbrido possui”, destaca, Pagnan.

Desde que o trabalho com maracujás teve início na Embrapa na década de 1990, pelo Dr. Nilton Junqueira, de acordo com o Dr. Faleiro, os objetivos das pesquisas com maracujás híbridos foram alcançados e estão pontuados abaixo:
1. Conquistar alta produtividade: vários produtores que utilizam tecnologia no sistema de produção têm obtido produtividades acima de 50 ton/ha no primeiro ano de produção;
2. Obter qualidade física e química de frutos: os frutos desses híbridos apresentam tamanho de fruto e aparência adequada para o mercado de fruta fresca, além de apresentar uma polpa mais alaranjada, adequada para o mercado de processamento industrial;
3. Desenvolver tolerância e resistência às principais doenças do maracujazeiro: as cultivares tem apresentado maiores níveis de tolerância e resistência a doenças de parte aérea (antracnose, virose, bacteriose, septoriose, verrugose) desde que as plantas estejam nutridas por meio de um adequado sistema de irrigação e adubação.

As sementes dos híbridos já estão disponíveis no mercado e podem ser encontradas em www.agrocinco.com. “Inicialmente, tínhamos poucas sementes dos híbridos, agora elas foram produzidas por parcerias público-privadas e vão atender às demandas do mercado”, tranquiliza Luis Galhardo, engenheiro agrônomo e diretor da Agrocinco.